terça-feira, 15 de setembro de 2009

Manifesto de Obama para os estudantes (excerto)

No regresso às aulas, o presidente norte-americano falou aos estudantes
(…)
Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.
No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.
E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.
Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.
(…)
E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.(…)
Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.
Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.
Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.(…)
Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.
Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.
(…)
Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.
(…)

As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes.


O texto completo do discurso do Presidente americano pode ser lido no “I” online em: http://www.ionline.pt/artigos/22105-leia-e-guarde-esta-licao/pag/-1

3 comentários:

Anónimo disse...

Responsáveis por nós e pela sociedade

No discurso que Obama fez aos estudantes norte-americanos tentou passar a mensagem de que o nosso futuro depende apenas de nós próprios, das nossas convicções e objectivos e o que seremos influenciará a sociedade.
O presidente Barack Obama aconselhou os estudantes a levar os estudos a sério, a assumir a responsabilidade pela sua educação e a não desistirem perante eventuais fracassos.
Aquilo que iremos ser como cidadãos depende da nossa atitude e responsabilidade enquanto estudantes. Para sermos alguém no futuro temos que estudar e empenhar-nos na nossa actividade de estudantes.
O tipo de aluno (responsável e interessado ou desinteressado) que somos não depende dos problemas familiares que temos, da situação económica da nossa família, do meio em que vivemos ou dos amigos que temos. Depende, sim, dos objectivos que traçámos para a nossa vida, dos projectos que idealizámos para o nosso futuro.
Sem o esforço pessoal dos estudantes, sem persistência e vontade não importa se os professores são excelentes ou se o material escolar é o melhor. É necessário que os estudantes queiram ser alguém.
Cada um de nós tem algum talento ou alguma área em que se destaca. Temos é que descobrir em que é que somos melhores e aproveitar as nossas capacidades ao máximo.
Obama referiu a sua própria história pessoal para evidenciar como o trabalho e o esforço pessoal acabam por recompensar.
Assim, temos que assumir as nossas responsabilidades enquanto estudantes, independentemente dos problemas que tenhamos nas nossas vidas, para que tenhamos um futuro e uma sociedade melhores.


Ana Teresa Dias Machado
Nº 6
11º A

Anónimo disse...

Como representante, presidente e homem de responsabilidades, Barack Obama apresentou-se perante a grande comunidade de estudantes do seu país e discursou, concentrando-se no essencial, a responsabilidade do aluno.
Formaram-se opiniões diversas após as declarações do presidente. A minha foi uma delas. Por vezes, a nós estudantes, falta-nos um incentivo, uma palavra de força, um exemplo semelhante ao nosso. Obama insistiu e persistiu na questão da responsabilidade, o que de facto é um dos parâmetros, que também para mim, tem mais influência no sucesso dos alunos. Durante o discurso, mencionou várias vezes que os estudos não são simplesmente um “agora”, mas sim um caminho para o futuro. E se esse caminho não for seguido, não estamos a abandonar-nos apenas a nós próprios, mas sim ao nosso futuro, à nossa geração, ao nosso país, porque ele depende de nós, depende das nossas competências, depende das nossas responsabilidades.
Em todas as suas palavras, Barack inspirou confiança, transmitiu força e coragem. Momentos fortes surgiram durante as declarações, e um deles, o que para mim teve mais importância e mais impacto, foi aquele em que o presidente se despiu do seu cargo e deu a sua história como exemplo. Também ele ultrapassou dificuldades como estudante, também ele enfrentou a realidade, também ele lutou para alcançar os seus sonhos e objectivos e hoje poder contribuir para o desenvolvimento do seu país. Pediu aos estudantes que não tivessem medo, que fizessem perguntas para poderem obter respostas.
Perto do fim, utilizou uma “estratégia” que achei bastante interessante, comprometeu-se perante os alunos dizendo-lhes que estava a trabalhar no seu bem-estar, no seu sucesso e seguidamente declara-lhes que de igual modo também espera deles grandes coisas e pede-lhes que não despontem a família e o país e que os façam sentir orgulho neles.
“Tenho a certeza que são capazes”, assim terminou o seu discurso deixando no ar a confiança e a atitude.
Definitivamente, a responsabilidade de cada um pelos seus estudos tem um grande peso no nosso triunfo, porque para além do apoio que outras entidades e encarregados nos dão, nós mesmos temos de ter a determinação e a coragem de avançar e lutar para chegar à vitória.

Ana Rita Desterro nº4 11ºA

Anónimo disse...

Concordo que qualquer pessoa pode "dar a volta por cima" e contrariar o "ambiente negativo" em que viveu. Para isso é preciso mostrar força de vontade em ultrapassar todas as dificuldades.

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