quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Pode Portugal morrer de velho?

Portugal é o quinto país mais velho da Europa! Prevê-se que a taxa de fecundidade continue abaixo do limite necessário para renovar a geração, ou seja 2.1 filhos por mulher. Prevê-se ainda que o número de idosos ultrapasse largamente o número de jovens.
Portugal debate-se hoje com um conjunto de problemas sociodemográficos que se fazem sentir aos mais diversos níveis. De entre esse conjunto de problemas destacam-se, o declínio de fecundidade, o envelhecimento, o baixo nível educacional e o desemprego.
O declínio da fecundidade é causado sobretudo pelas baixas taxas de natalidade e o desejo cada vez menor de os casais terem filhos. Se Portugal continuar assim, com níveis de nascimentos tão baixos e uma taxa de fecundidade igualmente baixa (entre os 1.3 e 1.8 filhos por mulher), em qualquer dos cenários previstos, a substituição das gerações continuará a ser uma miragem.
A redução crescente dos nascimentos equivale à redução da proporção de jovens e ao aumento dos restantes grupos etários, o que no futuro irá afetar a médio prazo, o equilíbrio intergeracional. Teremos assim, mais inativos a receber e menos ativos a participar para a sustentabilidade do sistema de segurança social, o que equivale dizer que esses terão de contribuir com uma parcela maior dos seus rendimentos para garantir o funcionamento do sistema.
O envelhecimento da população portuguesa tem como principal consequência, a diminuição da população ativa, cenário que nos próximos anos irá agravar-se contribuindo também para o declínio da taxa de fecundidade, o que levará por sua vez, inevitavelmente, ao acentuar de problemas sociais e económicos importantes, como por exemplo, o aumento da pressão sobre aquilo que se convencionou designar-se por Estado Previdência.
O baixo nível educacional com que Portugal se debate também representa um grave problema socioeconómico. Resulta da significativa taxa de abono escolar e provoca inevitavelmente, uma fraca qualificação profissional e falta de capacidade empreendedora e competitiva no nosso país.
Relativamente à aprendizagem ao longo da vida devem também ser dados passos firmes no sentido da melhoria da situação atual, uma vez que também este contribuirá inevitavelmente para uma melhoria dos indicadores de instrução/formação.
Por último, como grande problema sociodemográfico e económico temos o emprego e a sua estabilidade que constituem aspetos determinantes para a qualidade de vida e o desenvolvimento pessoal de qualquer população. Em Portugal, o desemprego de longa duração e o emprego temporário, que afeta sobretudo jovens, mulheres e trabalhadores mais velhos, tem constituído um entrave à qualidade de vida e ao desenvolvimento económico e social do país.
 Rita Sofia Fernandes 10º C, Nº 21 (trabalho realizado no âmbito da disciplina de Geografia)

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