Portugal é o quinto país
mais velho da Europa! Prevê-se que a taxa de fecundidade continue abaixo do
limite necessário para renovar a geração, ou seja 2.1 filhos por mulher.
Prevê-se ainda que o número de idosos ultrapasse largamente o número de jovens.
Portugal debate-se hoje com
um conjunto de problemas sociodemográficos que se fazem sentir aos mais
diversos níveis. De entre esse conjunto de problemas destacam-se, o declínio de
fecundidade, o envelhecimento, o baixo nível educacional e o desemprego.
O declínio da fecundidade é
causado sobretudo pelas baixas taxas de natalidade e o desejo cada vez menor de
os casais terem filhos. Se Portugal continuar assim, com níveis de nascimentos
tão baixos e uma taxa de fecundidade igualmente baixa (entre os 1.3 e 1.8 filhos
por mulher), em qualquer dos cenários previstos, a substituição das gerações
continuará a ser uma miragem.
A redução crescente dos
nascimentos equivale à redução da proporção de jovens e ao aumento dos
restantes grupos etários, o que no futuro irá afetar a médio prazo, o
equilíbrio intergeracional. Teremos assim, mais inativos a receber e menos
ativos a participar para a sustentabilidade do sistema de segurança social, o
que equivale dizer que esses terão de contribuir com uma parcela maior dos seus
rendimentos para garantir o funcionamento do sistema.
O envelhecimento da
população portuguesa tem como principal consequência, a diminuição da população
ativa, cenário que nos próximos anos irá agravar-se contribuindo também para o
declínio da taxa de fecundidade, o que levará por sua vez, inevitavelmente, ao
acentuar de problemas sociais e económicos importantes, como por exemplo, o
aumento da pressão sobre aquilo que se convencionou designar-se por Estado
Previdência.
O baixo nível educacional
com que Portugal se debate também representa um grave problema socioeconómico.
Resulta da significativa taxa de abono escolar e provoca inevitavelmente, uma
fraca qualificação profissional e falta de capacidade empreendedora e
competitiva no nosso país.
Relativamente à aprendizagem
ao longo da vida devem também ser dados passos firmes no sentido da melhoria da
situação atual, uma vez que também este contribuirá inevitavelmente para uma
melhoria dos indicadores de instrução/formação.
Por último, como grande
problema sociodemográfico e económico temos o emprego e a sua estabilidade que
constituem aspetos determinantes para a qualidade de vida e o desenvolvimento
pessoal de qualquer população. Em Portugal, o desemprego de longa duração e o
emprego temporário, que afeta sobretudo jovens, mulheres e trabalhadores mais
velhos, tem constituído um entrave à qualidade de vida e ao desenvolvimento
económico e social do país.
Rita Sofia Fernandes 10º C, Nº 21 (trabalho
realizado no âmbito da disciplina de Geografia)