No
dia 8 de abril, os alunos do 5º ano do Agrupamento de Escolas de Pinhel
realizaram uma visita de estudo a Belmonte, no âmbito dos conteúdos da
disciplina de História e Geografia de Portugal. O objetivo da visita prendeu-se
com o domínio da “Expansão Marítima Portuguesa” e o facto de aí ter nascido o
grande descobridor do Brasil: Pedro Álvares Cabral.
Os
alunos, acompanhados pelas professoras da disciplina e diretores de turma,
visitaram o Museu dos Descobrimentos, o Museu Judaico, o Ecomuseu do Zêzere, o
Museu do Azeite, o Castelo, a Igreja de Santiago e o Panteão dos Cabrais.
Ao
longo da visita os alunos perceberam que já antes da expansão marítima, a
família dos Cabrais era uma das famílias mais ricas daquela região. Inicialmente,
terá habitado na alcáçova do castelo, mas como foi destruída por um violento
incêndio, fixou-se no Solar dos Cabrais (atual Museu dos Descobrimentos).
Senhores de muitas terras, recebiam as rendas agrícolas em géneros, que
depositavam na “Tulha dos Cabrais” (Ecomuseu do Zêzere). Tão importante família
tinha um lugar para guardar os seus restos mortais – o Panteão dos Cabrais, na
Igreja de Santiago, que integrava a rota de peregrinação a Santiago de
Compostela.
No
Museu Judaico, os presentes confirmaram a existência, naquela vila, de uma
comunidade judaica que, ao longo dos séculos e com todas as dificuldades, seguiram
com rigor os preceitos do judaísmo em Portugal. A comunidade conta, ainda hoje,
com 55 pessoas. São “os marranos”, numa alusão à proibição ritual de comerem
carne de porco.
Quanto
a Pedro Álvares Cabral terminou os seus dias em Santarém, mas os seus restos
mortais foram, mais tarde, divididos em três partes: uma está na Igreja da
Graça, em Santarém, a segunda foi para o Brasil e a terceira parte repousa
junto dos seus antepassados no Panteão dos Cabrais, em Belmonte, tendo por
perto Nossa Senhora da Esperança, que também o havia acompanhado ao Brasil em
1500.
A
receção não podia ter sido melhor. Foram constituídos dois grupos de cerca de
30 pessoas, cada um orientado por um guia do Posto de Turismo e nos museus tudo
foi devidamente explicado. A avaliação foi muito positiva.
Prof. Carminda Machado