O
Departamento de Sociais e Humanas e as bibliotecas escolares, no âmbito das
comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, promoveram a realização de uma
palestra no dia 12 de maio, pelas 14.00 horas, na Escola Sede do Agrupamento de
Escolas de Pinhel. O palestrante convidado foi o professor Alfredo Carlos
Barroco Esperança, atualmente aposentado. Em 1962 foi denunciado à PIDE.
É colaborador da imprensa regional, nomeadamente do Jornal do Fundão. Escreveu
o livro «Pedras Soltas», publicado em 2007 (foi oferecido pelo autor à
Biblioteca da Escola Secundária/3 de Pinhel).
A
palestra foi uma autêntica aula viva sobre os acontecimentos de antes e após o
25 de Abril. O palestrante enriqueceu este momento narrando as suas vivências
nesse tempo às quais os nossos alunos não ficaram indiferentes. Agradecemos-lhe
este momento único e a brilhante e sentida comunicação que nos proporcionou.
Depois da palestra seguiu-se a
apresentação/inauguração do “Mural dos 40 anos do 25 de Abril”.. Com este painel, construído
com as mãos de muitos alunos, professores e funcionários do Agrupamento de
Escolas de Pinhel pretendemos
representar a importância da nossa escola na vida coletiva de cada um de nós.
Pretendemos transmitir a ideia da união, da liberdade e da descoberta.
Do mural constam algumas frases escolhidas pelos alunos
do nosso agrupamento e uma frase retirada do poema de Manuel Alegre, intitulado
“As mãos”.
Agradecemos de forma muito generosa à direção, na pessoa
do Sr. Diretor, que nos apoiaram desde o primeiro momento; aos professores
participantes em particular ao Professor Carlos Franco que, sempre e de forma
incondicional, concebeu e dirigiu a execução; aos professores e alunos do curso
CEF e Jardinagem e Espaços Verdes e 10.º C, de Artes Visuais e aos funcionários
que ajudaram a executar o mural.
Aqui fica o poema completo de Manuel Alegre (O Canto e as Armas, 1967) dito pela
aluna Eduarda do 10.º A:
As mãos
Com
mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com
mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E
cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De
mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
M.ª do Céu Ferreira
Manuel Perestrelo
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