Equilíbrio, a nota dominante da primeira meia-final do Torneio de Retórica.
Cedo se deduziu que o debate (Os animais não humanos têm direitos?) se decidiria por um ou outro pormenor, sobretudo quando se percebia que os defensores do "Sim" [11º B] e do "Não" [11º A] se faziam valer de argumentos credíveis (de natureza biológica/física, de natureza do direito natural, de natureza da violência, do que é ou não é o instinto, de natureza das experiências laboratoriais), uns mais apurados sobre algumas perspectivas, acompanhados inclusive de fotografias, valiosas como as palavras, mas outros nem tanto, ainda que fossem persuasivos para o auditório que os escutava, e para um júri que os avaliava.
E importa, neste sentido, apontar três momentos:
a) Que ainda que seja difícil controlar a paixão argumentativa, e por isso, complicado não interromper o adversário ou respeitá-lo civicamente, foi preocupação de todos os elementos tomarem a palavra, não havendo um que se destacasse, nem que se vangloriasse, além de que todos procuraram valorizar a retórica persuasiva, racional, não manipulando-a, nem tornando-a demagógica ou agressiva.
b) Que as denominadas "alegações finais" (de um lado, jogando com os factos; do outro, jogando com a consciência), sob a forma de texto [a apresentar em anexo], também a última possibilidade de uma vitória para cada um dos lados, além de terem sido excepcionais, vieram reflectir um cuidado e uma atenção dispendidas à investigação e à preparação do tema.
c) E que num "piscar de olhos", apenas nuns meros sessenta minutos, os alunos saíram a ganhar, os Professores saíram agradados, o auditório saiu a discutir e a Escola ficou agradecida, ansiosamente à espera doutra actividade assim.
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